Sempre foste conde.
          Sempre foste conde
          Sem condessa.
          Sempre preferiste
          A companhia e o prazer de outros condes.
          
          
          Perguntei-me muitos dias,
          Porque és conde e não outra coisa diferente?
          Nunca consegui responder,
          Pois também eu sou conde
          E não outra coisa qualquer,
          E tal como tu,
          Sempre preferi a companhia de outros condes
          E não das mesmas condessas empertigadas de sempre.
          
          
          Sempre fomos condes,
          Naquela mesma cama
          Onde sempre nos ensinaram
          Que devia apenas deitar
          Um conde com uma condessa.
          
          
          Março de 2011
          20:27 horas
          Comentário: Comboio Aveiro-Mealhada. Depois de tarde com o M. e o meu grupo de trabalho. M. e eu
          provocá-mo-nos e beijá-mo-nos demais. Sinto a face a arder. O corpo voou, estremeceu, e a fuga imprimiu-se na minha mente e alma. Temos a loucura no corpo. Arranjei uma desculpa para ir embora, pois a loucura está a voar nos nossos corpos num local demasiado exposto. 
          
          in: "Phoenix, Poesia Autobiográfica" de Ricardo M Santos.
Commenting expired for this item.
No comments